Então,
resumo a minha história em uma frase bem simples: Luto pela liberdade dessa garota como luto todo dia pra sobreviver nesse mundo de cão.
Senti que nossos corações tentavam se tocar, se conhecer e se abraçar também... E eu nem sabia qual era a cor preferida dela!
Agora ela me diz que é a cor dos meus olhos, quando estou sorrindo.
O preconceito é um mal que a família - geralmente - chama de cuidado, porque não sabe lidar.
Sei lá, de repente vão tentar te matar porque você está sendo feliz. Entende?
Nem eu!
Sabe o que faz mal? A falta de amor.
Tenho por essa menina uma responsabilidade que nem os pais dela tiveram.
Digo sem medo de estar absolutamente correta que nunca vou desistir dela.
Ao assumir nosso relacionamento ela perdeu o colégio, o ballet, os cursos de desenho, o teto, as roupas, o celular, o computador, a liberdade, um futuro, a mãe, o pai, a família, os amigos e a vida que ela tinha. Se isso acontecesse com você e te dessem a chance de voltar atrás, você voltaria?
Ela não.
Essa garota simplesmente me escolheu em todas as chances dadas.
Ela diz que perdeu tudo quando me conheceu, mas que achou seu tudo quando me encontrou.
Como alguém pode enxergar algo ruim num sentimento tão puro como esse?
Luto pra recuperar a vida dessa garota como luto pela minha vida.
Eles dizem que nosso relacionamento não cabe.
Que não é de Deus...
Mas sabe o que eu vejo?
Vejo e sinto que Deus não julga as pessoas.
Pessoas julgam pessoas em nome de Deus.
Isso sim é errado!
No final das contas, depois de tantas noites sem saber como ela está, sabe o que eu desejo?
Que ela continue lutando por tudo que nos faz feliz, pelo nosso amor!